DIGNIDADE HUMANA VIOLADA

Até quando um semelhante a nós será tratado como se nada fosse ?

Até quando a cor, raça ou sexo será determinante para classificar a importância de alguém?

Lutas, guerras, choros, derramamentos de sangue e aflições ao logo da história foram suportados por quem jamais deveria.

Já enfrentamos o nazismo, fascismo e a escravidão. Entretanto, alguns seres humanos parecem não evoluir para uma melhora. Aliás, neste sentido, a Sagrada Escritura outrora já havia nos alertados que devido a iniquidade o amor de muitos haveria de se esfriar, Mateus 24:12.

Homens como Mandela, Malcolm X, Black Panthers, Mahatma Gandhi, Martin Luther King entre outros lutaram veemente pela igualdade e fim da discriminação.

Martin Luther King ficou marcado na história por lutar sem violência e em seu discurso “I have a dream” expressou :

“Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter”.

Mas infelizmente, ainda há julgamento pela cor da pele.

Ofensas como as suportadas por Vinicius Júnior, atleta do Real Madri, ou slogan como “I can’t breathe”, usada no movimento Black Lives Matter, que se derivou das mortes de Eric Garner e George Floyd, são realidades em nosso mundo.

Ao longo dos tempos leis de direitos humanos e criminais foram criadas. Contudo, a lei não tem o poder de nos libertar da maldade do coração.

A lei tem o poder de regulamentar as relações sociais e de punir os que a violam, o que é de suma importância.

Outrossim, não há lei capaz de gerar domínio próprio e mansidão, pois a lei não trata da alma.

Reiteramos, a lei é necessária e importante para regular a sociedade. Como nos ensinou Rui Barbosa, trata-se de “um freio para os crimes públicos”.

Mas só a lei não será o suficiente, pois somente o amor é capaz de vencer a maldade dos corações.

Se não formos capazes de amar e sentir a dor do nosso semelhante, jamais conseguiremos erradicar o crime racial.

Combater o crime, punir o agressor e plantar o amor precisam ser insertas frequentemente de geração em geração.

Somos todos iguais, jamais podemos nos calar e tampouco tolerar discursos racistas.

Precisamos lutar por um mundo melhor, pois, “maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado” (Rui Barbosa).